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quinta-feira, 19 de maio de 2011

Resenha crítica- Filme: Amor sem escalas

Amor sem Escalas. (UP In the air)
Direção e roteiro: Jason Reitman.
Filme baseado em livro de Walter Kirn.
Elenco: George Clooney, Vera Farmiga, Anna Kendrick.
Duração: 109 minutos
O Filme relata a vida Profissional de Ryan Binghan (George Clooney), que tem a função de demitir pessoas de seus empregos. A empresa que ele trabalha é contratada por terceiro para prestar serviços de RH. Binghan precisa viajar por vários lugares nos EUA para cumprir sua função. Seu lar é em hotéis e aeroportos, seu objetivo é juntar milhas para conquistar o topo de 10 milhões de milhas em vôos e ganhar o cartão que poucos já ganharam somente sete pessoas já conseguiram este recorde. Ele gosta desta vida livre e descompromissada.
A vida do personagem citado acima é baseada apenas no trabalho, não existe lar, família, amigos, pois alguns profissionais em diversas áreas de atuação preferem se dedicar apenas ao trabalho e optar por um modo de vida diferente. Alguns conseguem alcançar o sucesso e são felizes, outros se tornam profissionais frustrados e infelizes. Seu chefe Craig contrata a então recém formada Natalie (Anna Kendrick). Ela traz uma proposta de reduzir gastos com viagens e hospedagem, demitindo pessoas através de vídeo conferência. O Senhor Craig gosta da proposta de Natalie e quando Binghan é informado, ele se opõe. A aceitação de uma idéia nova demora um pouco, em todas as organizações, o indivíduo tende a rejeitar mudanças. É difícil sair da zona de conforto e enfrentar um novo desafio, isto altera a vida profissional e muitas vezes a pessoal. Não apenas pelo fato de mudar sua vida, mas também pelo tratamento que as pessoas vão receber. Para exercer a função de um líder, levam-se em consideração que liderar pessoas que possuem características diferentes, sonhos e aspirações é uma tarefa árdua, pois não podemos prever a reação de cada um diante de situações extremas.
Para convencer seu chefe de que isto não dará certo, ele aceita levar a Novata Natalie em suas viagens para conhecer de perto seu trabalho. Observa-se que mesmo sabendo que a idéia não lhe é conveniente, não custa nada tentar. Trabalhar em equipe é fundamental para o homem organizacional (o indivíduo que segundo TGA precisa ser multifuncional para atender a demanda do mercado), o qual está sempre pronto para constantes mudanças. Em uma de suas viagens, ele conhece Alex (Vera Farmiga), também executiva, que tem o mesmo estilo de vida que Ryan, só que um pouco misteriosa em relação a sua vida pessoal.
No convívio com estas duas mulheres e suas duas irmãs que ele não via há muitos anos, é que ele começa a repensar sua vida, valores e suas escolhas. Pois a vida pessoal e profissional está sempre lado a lado uma da outra.
Pode-se dizer que a vida solitária e desarraigada de família e amigos foi uma escolha onde ele se realiza e é feliz profissionalmente. Na profissão, ele se torna frio e distante das pessoas, não se deixa envolver emocionalmente com o sofrimento alheio, mas ainda possuía uma mansidão, sendo agradável com os mais próximos. Na comunicação, houve falhas, pois foi detectada uma funcionária com problemas psicológicos, mas Ryan resolveu ignorá-la e as conseqüências foram terríveis, pois a funcionária se suicidou.  Aqui percebemos a falta de uma assistência psicologia para acompanhamento destes profissionais demitidos. O personagem fica triste ao saber que Natalie pediu demissão e faz questão de fazer uma carta de recomendação para seu novo emprego, mostrando aqui um líder sensível. Ele entende que a função de demitir pessoas é dura demais para algumas pessoas. Vale ressaltar que independente da aérea de atuação escolhida, é importante que haja dedicação, que o profissional se identifique com a profissão. Este fator influência diretamente no desempenho de muitos profissionais, que sempre ocorre o seguinte: uma grande parte visa apenas o retorno financeiro ou o status social. Já outros se empenham pensando no bem estar de toda a organização.
Recomendamos este filme para todos os profissionais e pessoas em geral, pois, podemos tirar muitas lições de vida tanto profissional como pessoal.
Este filme tem como diretor e roteirista Jason Reitman que está ainda em seu terceiro filme. Ele dirigiu os filmes: “Obrigado por fumar” e “Juno”. Tem se revelado um excelente diretor com um futuro brilhante pela frente.

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